Tem dias que a nostalgia nos assola o peito.
Lembranças boas, que nos arremetem a tempos
Que a vida insiste em trazer à vida!
Como as notas arranhadas no violão, (a música, o violão)
a beira do rio, fogueirinha quentando
dando um tom de cor nobre ao seu sorriso
contrastando o brilho da lua.
Como a chegada em Paraty para o festival,
onde fizemos história, nobre memória.
E reaparecem os sonhos não vividos,
tão marcantes quanto os realizados.
O Anel de noivado, ainda marca no dedo
o desejo de ter casado.
O filme perfeito, sob as cobertas
no AP naquele dia de frio, cinzento
chuva la fora...
Lembro-me da cor vermelha,
que te vestiu por pouco tempo.
Seu calor em mim,
Seu desejo em mim.
E nós... num único corpo,
num único desejo,
numa única lembrança...
Seu medo, ansioso antes da decolagem:
- Dá um frio na barriga...
E logo em seguida, o chão ficando distante,
e o delírio registrado nas lentes
no encantado sorriso.
- Amor daqui de cima é lindo!
o que era medo?
E num canto distante, quase tomado pela poeira...
na minha memória encontrei um soluço
uma lagrima e uma despedida.
Tudo envolto num pergaminho
onde estavam escrito todos os nossos sonhos,
todas as nossas promessas...
e a nossa jura de amor... que seria eterno.
A grande perda não é tanto pelo que se foi, mas pelo que deixou de vir.
Uma Boa Viagem - Aroldo César
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